quarta-feira, 4 de abril de 2012

A vida, a dor e a felicidade.

     
  "Tenho experimentado um tipo de felicidade diferente. Uma felicidade que não vem carregada do medo de acabar, uma felicidade que não possui momento, não está atrelada a um feito ou a uma pessoa. Uma felicidade baseada apenas na paz e na aceitação e que essa felicidade não pertence a uma fase, que da mesma forma que chega, uma hora vai embora, mas sim a um estado contínuo. Ela não está, ela é.
       Parei de me culpar, e isso foi essencial para toda a mudança. A culpa ocupava o lugar da aceitação. Eu perdia tempo culpando a mim ou culpando aos outros, enquanto poderia aceitar que o que aconteceu já não está mais sob meu controle e que só a aceitação pode me levar ao próximo passo: o da mudança.
       Não mudar o que já pertence ao passado, mas mudar a forma como, no presente, isso age dentro de mim.
      Tinha o costume de ignorar e esconder o que me pertubava. Encarar algo que saiu do controle em sua própria vida é uma tarefa difícil e exige mente sã. Eu empurrava para qualquer gavetinha dentro de mim e evitava ao máximo mexer. Minha atitude de fuga era regada por pensamentos de que algo ruim na minha vida nem era tão ruim assim e que poderia ser muito pior, ou que eu não tinha o direito de me sentir na merda porque haviam muitas outras pessoas sofrendo de verdade e que a minha dor era apenas uma piada.
      Um grande erro. Não existe dor de mentira, toda dor é de verdade. Uma dor não deixa de doer por existirem outras dores maiores. Como eu poderia querer felicidade se não aceitava nem minhas próprias dores? Dor não dilui com água, dor tem que ser desatada como um nó.
      Tive que aceitar a minha vida com tudo que está dentro dela. Nunca conseguiria mudar se não achasse o foco merecedor de mudança, ou se não desse a devida importância a ele. Essa é a minha vida, essas são as minhas dores, vamos então às minhas alegrias.
      Parei de achar que eu era merecedora de felicidade pelo simples fato de existir e que isso de alguma forma cairia no meu colo. Se eu continuasse apenas me lamentando e esperando, pelo que nem eu sabia o quê, nada mudaria. O passado não passaria. E ele sempre tem que passar. Se agarrar ao que já não existe mais é não aceitar que o silogismo da vida é a continuidade. O primeiro passo para se realizar um sonho é acordar dele. Se eu queria algo, por menor ou mais grandioso que fosse, eu teria que sair da inércia, do comodismo, da preguiça e, de fato, agir.
       É bom ver que as coisas podem ser boas, e não de uma forma teórica, mas de uma forma prática. Que elas realmente podem ser, e que elas são.
      Ainda sou a mesma, e tudo ao meu redor também. O que mudou foi a forma como eu encaro a minha vida e a mim mesma. Porque a vida eu não mudei, ela ainda está lá, eu mudei foi a forma de viver."

daqui ó.

sábado, 31 de dezembro de 2011

brand new year.

 em dois mil e doce,
não quero nada que me atrase, que me amarre, que me puxe pra baixo. 
não quero casar e também não quero ser sozinha pra sempre. 
quero um ano inteirinho de meios termos decididos, de casa cheia de vida mesmo quando vazia, de sono bom e de despertares descansados. quero muita matéria pra estudar, mas quero também um tempo livre com os amigos, todos eles, todos! quero comer tudo que tenho vontade, quero morrer de tanto pedalar, e de tando rir também. quero rir muito. rir da minha vida, rir da sua, rir demais, rir de tudo e sem desespero. nenhum desespero. nenhuma espera. nada de mendigar, nada de tristeza, nada de amor pela metade.
quero que esse dois mil e doce seja doce. um milhonézilhão de vezes melhor que todos os outros anos que já passaram.

então, com toda a força que tenho: 
que seja doce!




"Te desejo uma fé enorme.
Em qualquer coisa, não importa o quê.
Desejo esperanças novinhas em folha, todos os dias.
Tomara que a gente não desista de ser quem é por nada nem ninguém deste mundo.
Que a gente reconheça o poder do outro sem esquecer do nosso.
Que as mentiras alheias não confundam as nossas verdades, mesmo que as mentiras e as verdades sejam impermanentes.
Que friagem nenhuma seja capaz de encabular o nosso calor mais bonito.
Que, mesmo quando estivermos doendo, não percamos de vista nem de sonho a ideia da alegria.
Tomara que apesar dos apesares todos, a gente continue tendo valentia suficiente para não abrir mão de se sentir feliz.
As coisas vão dar certo.
Vai ter amor, vai ter fé, vai ter paz – se não tiver, a gente inventa.
Te quero ver feliz, te quero ver sem melancolia nenhuma.
Certo, muitas ilusões dançaram.
Mas eu me recuso a descrer absolutamente de tudo, eu faço força para manter algumas esperanças acesas, como velas.
Que 2012 seja doce. Repito sete vezes para dar sorte: que seja doce que seja doce que seja doce e assim por diante.
Que seja bom o que vier, pra você!"

Caio F. Abreu.